Tudo começou… bem, eu acho que já escrevi todas as minhas histórias quase um milhão de vezes com a ideia de fechar um livro. Mas eu tenho medo de me expor e expor as outras personas e ser processada. Vamos lá, super senta que lá vem história. Juro que vou ser breve.
E como eu tô trabalhando em um restaurante, acho que gostaria de dividir a históriazinha como se fosse um cardápio, só pra ter mais ideia de sensações.
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Não, não e não. Eu desliguei a ligação do skype na cara dele e sem pensar muito, entrei no site da Lufth(r)ansa e comprei minha linda passagem para Gotemburgo! Alocaa Mas comprei só pra novembro; dali 2 meses (ele não ia se casar até lá), porque eu tinha acabado de conseguir um novo emprego e não podia dizer “ei, me dá uns diazinhos semana que vem, vou tomar um cafezinho ali perto do pólo norte resolver uma questão pessoal e logo já to de volta”. Não, não ia rolar. Então eu tive que esperar. Esperei a poeira baixar e joguei um super verde e colhi mega maduro. Pedi desculpas por ter desligado na cara dele, resolvi ser civilizada e amiga dele mandando pelo correio uns balõezinhos artesanais que ele tinha gostado tanto em Paraty. Nessa consegui o endereço dele. Mas como confirmar se ele ia estar lá quando eu fosse? E se ele tivesse um novo projeto no trabalho que o mandasse lá pra ShanGAY? Better not take the risk.. Falei que eu tinha uma amiga que ia fazer um tour pela Escandinávia e podia me fazer o big favor de deixar o pacote com ele. Ele caiu feito um patinho, mas aí no final do drama todo, a gente voltou a se falar mais, e mais e mais e mais, e daí que viramos virtualmente bffs forever, e eu mandei a seguinte mensagem inbox pra ele: “are you ready for a coffe?!” e anexei os detalhes do meu voo.. apesar de eu ter recebido um WTF bruna, are you coming here? DON’T COME HERE! A situação se desenvolveu favorável até a minha chegada lá.
Mais pimenta, por favor. Por essa ninguém esperava. Só quando eu estava pousando em Gotemburgo, deixando aquele puta Sol brilhoso lá em cima e me adentrando a um monte de nuvens pra cair numa pista cinzenta, toda nebulosa e pessoas vestidas de preto.. é que fez aquele plim lá longe dentro do meu cerebrozinho de algodão, com aquela vozinha me dizendo “co-mo-sou-ma-lu-ca-de-pe-dra!eu-vim-mes-mo. TO QUI TO QUI!”. Já não bastasse eu ter feito toda aquela surrealidade de ter ido pro deserto, navio e chegar na Rússia pra provar a mim mesma que o tal russo não era pra mim. Mas o bofe russo foi quase irreal, era muito mais platônico do que qualquer outra coisa.. mas eu estava cega. Enfim, volta, Suécia. Eu passei uma semana na terra dos alces, tempo suficientemente perfeito pra mudar minha vida e espírito. Ele estava solteiro, status em que eu nunca imaginei que fosse encontrá-lo.. foi muito bom eu ter sido pessimista o tempo todo, porque todas as coisas que aconteceram, nenhuma delas eu esperei que fosse acontecer. E daí que a gente se inseriu tanto na vida um do outro, que se um se arrancasse ia ser preciso uma eternidade de terapia contínua pra superar..
Alguém pode me atender, por favor? Ficamos no chove não molha por aproximadamente um mês, cogitando possibilidades, listando pós e contras, ele tentando aceitar que.. a minha macumba do amor funcionou e ele tinha caído. (quem quiser a receita, depois eu posto aqui!). Até o belo dia em que resolvi capetar bem na véspera de ano novo dizendo que eu tinha comprado uma passagem para Paris (ele ia tar lá) pra ficar com ele no ano novo. Ele pirou de amores, e daí meu filho, foi bem nessa hora em que o Titanic bateu no icebergue. Resolvemos vestir a camisa do filme “Amor sem fronteiras”. E fazer a listagem de como realmente seriam nossas vidas, a minha lá ou a dele aqui. Tudin. E daí que a coisa que eu nunca pensei que fosse acontecer aconteceu. Ele voltou aqui pra terra da banana, conheceu toda a família buscapé (mesmo sendo um pouco difícil a comunicação porque todos eles mataram quase todas as aulas de inglês..). E daí que a gente foi pra uma mini lua de mel no Reow de Janeirow. Foi super lindo tudo e inacreditável. E daí que eu vivo nas nuvens. Ah, e ele também me confessou que a história do casamento era falsa.. ele só inventou ela pra tentar se livrar de alguma forma de mim, “but I’m glad that you came!”. Acho que passei muito tempo da minha infância vendo novela involuntariamente.. e queria chegar no meio do casamento.. vocês sabem bem..
Sobremesa: E daí tá tudo resolvido, agora só falta o tempo passar. Estou indo dar um pulo na Suécia durante o verão. Essas serão as minhas primeiras férias de um trabalho, nem acredito. E vou ser remunerada pra isso (salário de fome mas já é um mega progresso e avanço da minha espécie..)
Enfim, acho que foi mais ou menos isso e já fez mais de um ano que a gente se conheceu, e mais de 6 meses (!) que estamos juntos. Eww. Nunca consegui ser tão breve em toda a minha vida – na verdade não gosto de ser breve nas minhas histórias, porque eu amo detalhes e amo expô-los e deixá-los bem claros para poderem captar a ideia que quero passar.. mas enfim.. vamos a rotina dos posts! E ah, o principal e mais sonhado de tudo, que eu não disse.. nós vamos morar juntos 🙂 aqui, lá, a-co-lá! aí, em todos os lugares.
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