Acho que nunca fiquei tão rodeada por tanto verde – isso no verão daqui, é claro (no inverno vou ficar cercada por branco e congelarei até a morte, amém). Por um ponto de vista, não foi-se lá uma ideia muito boa ir morar no Rio de Janeiro antes de me mudar pra cá, fiquei mega blaster mal acostumada. Agora qualquer ventinho me gela as paquera. Aliás, até agora acho que a Zuécia é o país perfeito para o que se passa na minha mente, mas o meu fisíco é todo fodido pra suportar o clima daqui. Tenho quase todos os ites da lista: sinusite, rinite.. pressão baixa (vivo igual defunto e me cago de frio abaixo de 16°). Pois é, o que a gente não faz por amoR, né rapeize?
Bom, vou dar meu panorama sueco versão poket:
- é falta de educação entrar na casa de um sueco vestindo sapatos. Todo mundo os deixa na entrada e fica só de meias.
- a água gira ao contrário nos ralos!
- portas de entradas e de banheiros sempre abrem pra fora e ninguém ainda soube me explicar porquê.
- quase todas as casas aqui são vermelhas. por 5 segundos cheguei a pensar que fosse lei, mas daí um passarinho me contou que é porque a tinta tem um derivado mineral que as fazem durar por mais tempo
- é verão, então por isso o sol só se põe quase meia noite (dependendo de quão norte você está) e volta a brilhar 3 da manhã. Uma beleza se você tá jet lag todo perdido nos horários e não consegue dormir.. dias infinitos! Mas o sol continua a ser bastante tímido.
- não tem lavanderia dentro dos apartamentos. ela é comunitária para um conjunto de prédios e a gente tem que agendar horário.
- o prédio que eu moro foi construído durante a segunda guerra mundial e no subsolo tem uma sala sinistra pra se esconder em caso de bombardeios. E eu acho que ainda tem comida daquela época estocada lá embaixo.
- todo mundo parece estar vivendo em um comercial de perfume da Dior, Ck, etc aqui.
Bom, ó, acabamos de voltar da viagem do nosso final de semana holidísiaco do Midsommar em Karlstad, uma cidadezinha com uns 70 mil habitantes a 250km ao norte de Gotemburgo. Essa festinha, que pelo visto é o feriado que mais caracteriza os swchuecos (21 de junho), é uma celebração do solstício de verão onde eles colocam coroas de flores na cabeça e dançam em volta de um pau erguido (opa, essa soou mal!), o midsommar pole (mas, segundo meu lindo namorado, nada mais é que uma grande representação do orgão fálico.
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IKEA+MIDSOMMAR= mais sueco, impossível!
claro que eu nunca vou conseguir ter uma criança do cabelo branco. Do jeito que meu cabelo e o do Alex são ruins, se um dia a gente tiver, nossos babies vão ser rastas. Só sei que me senti um pouco durante a idade média com todo aquele povo vestindo roupas folclóricas levantando um pedaço de pau decorado com flores para o céu. Depois fomos pra casa de um dos filhos do namorado da mãe do Alex, que por sinal a casa dele também era vermelha.
A cada drink eram dedicadas canções com todo mundo em pé, quase me senti num barco viking! hahahaha! E daí que a gente acabou ficando para dormir lá, acampamos na barraca em frente a casa deles e tomamos banho em algo que parecia ser uma capsula do futuro. Jorrava água por todos os lados, tinha música, espelho e luz. Um luscho no meio do interioR.

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